O"querido"mês de Agosto II
Como o prometido é devido eu e a minha objectiva indiscreta captamos mais algumas belas fotografias com o objectivo de deliciar os assíduos visitantes deste respeitado blog! Desta vez a feliz contemplada foi uma bela família que, estando uma forte ventania na praia, se resolveu refugiar no belo do pinhal de malas e bagagens...Há realmente muitas formas de nos divertirmos quando está vento na praia!Umas pessoas vão para o pinhal, outras tiram fotos indiscretas e arranjam sarilhos...A melhor atitude foi fugir rapidamente com receio de levar um estalo da senhora bem constituída da direita(isto para quem está virado de frente para o computador, se estiverem de costas é a senhora da esquerda...não é muito difícil porque a outra pessoa da ponta é um gentil cavalheiro de cerveja na mão...)* Beijos para todos e um muito especial para as pessoas da foto onde quer que estejam =) Um resto de boas férias para todos. Repararam no pormenor da letra cor-de-rosa? É para dar com as calças do espécime do meio =)
Espelho da alma
"Eu não sou um corpo que tem uma alma sou uma alma que tem uma parte visível chamada corpo." Paulo Coelho
O "querido" mês de Agosto...
Meia-noite no jardim do bem e do mal...
“Atravessei o jardim solitário e sem lua,
Correndo ao vento pelos caminhos fora,
Para tentar como outrora
Unir a minha alma à tua,
Ó grande noite solitária e sonhadora.
Entre os canteiros cercados de buxo,
Sorri à sombra tremendo de medo.
De joelhos na terra abri o repuxo,
E os meus gestos dessa encantação,
Que devia acordar do seu inquieto sono
A terra negra canteiros
E os meus sonhos sepultados
Vivos e inteiros.
Mas sob o peso dos narcisos floridos
Calou-se a terra,
E sob o peso dos frutos ressequidos
Do presente,
Calaram-se os meus sonhos perdidos. Entre os canteiros cercados de buxo,
Enquanto subia e caía a água do repuxo,
Murmurei as palavras em que outrora
Para mim sempre existia
O gesto dum impulso.
Palavras que eu despi da sua literatura,
Para lhes dar a sua forma primitiva e pura,
De fórmulas de magia.
Docemente a sonhar entra a folhagem A noite solitária e pura
Continuou distante e inatingível
Sem me deixar penetrar no seu segredo
E eu senti quebrar-se, cair desfeita,
A minha ânsia carregada de impossível,
Contra a sua harmonia perfeita.
Tomei nas minhas mãos a sombra escura
E embalei o silêncio nos meus ombros.
Tudo em minha volta estava vivo
Mas nada pôde acordar dos seus escombros
O meu grande êxtase perdido.
Só o vento passou e quente
E à sua volta todo o jardim cantou
E a água do tanque tremendo
Se maravilhou
Em círculos, longamente.”