domingo, outubro 29, 2006
quinta-feira, outubro 19, 2006
Olhar...
"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E, de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar..."
("O Meu Olhar", Alberto Caeiro)
Coisa tão pouco original isto de citar um poeta conhecido...mas hoje não tenho capacidade para mais, ando demasiado doente dos olhos...
sábado, outubro 07, 2006
Marcas...
Recentes pesquisas no campo da arqueologia vieram demonstrar que, muito provavelmente, os nossos primatas australopitecos poderão ter estado no Bom Jesus de Braga! Esta pintura rupestre foi encontrada por uma ilustre investigadora que com emoção empunhou a sua máquina fotográfica para poder mostrar ao mundo o fenómeno…
Pois é minhas australopitecas…a nossa marca ainda lá estava =)
quinta-feira, outubro 05, 2006
Luz
Adoro passear nas manhãs de Outono…Os dias têm uma cor diferente, a paisagem torna-se mais nítida! O sol brilha dando uma tonalidade dourada a tudo aquilo em que toca…e o vento frio causa-me um arrepio! Enquanto piso satisfeita as folhas secas, sou invadida por uma súbita felicidade…apetece-me levantar voo e ver tudo inundado por esta luz, apetece-me falar até ficar sem voz, apetece-me rir até ficar com cãibras. O Outono entristece muitas pessoas,a mim deixa-me feliz. Para sempre ao contrário dos ponteiros do relógio…
domingo, outubro 01, 2006
Tempo cinzento como o estado de espírito
"Já não há palavras,
Só lágrimas...
Um vazio preencheu os nossos corações.
Nunca mais seremos
Como antes.
Talvez,
Talvez um dia
Consigamos perceber
o que aconteceu."
Ainda não conseguimos perceber...passados sete anos este enigma atordoa as nossas mentes!Foi tudo demasiado rápido.
Queria prestar-te uma homenagem e dizer o quanto gostamos de ti e o quanto nos fazes falta, mas não consigo!!!
Resta-nos recordar-te naquele olhar e sorriso iguais ao teu...para sempre ligado a ti pelos laços de sangue e pelo nome: Pedro!