É só isso a liberdade?
Um dia ia na rua e ouvi um solo de guitarra completamente fora do vulgar (ainda vou percebendo dessas coisas graças ao meu pai, um dos melhores guitarristas que conheço) quando olhei vi um homem que de aspecto decididamente não tinha nada de português e mais tarde percebi que a sua personalidade também não…aliás essa não tinha qualquer nacionalidade. Fiquei parada com meia dúzia de sacos na mão a ouvi-lo extasiada, não era um pedinte porque quando as pessoas tinham o raro impulso de caridade ele recusava com um sorriso. Aproximei-me dele e cumprimentei-o (claro que sozinha nunca teria feito isto, mas o meu irmão e a minha mãe estavam comigo) ele respondeu com um “Hi”. Da conversa que tivemos descobri que ele era inglês e que corria o mundo com a sua companheira…a guitarra! Era uma pessoa completamente desprendida de valores materiais e isso via-se no olhar feliz que tinha! Mais tarde lembrei-me deste episódio e descobri que ele era a liberdade. Ele emanava luz enquanto tudo à sua volta era negro, tal como nos anúncios quando querem realçar os benefícios de adoptar determinado estilo de vida. Ele deixou tudo para trás e resolveu viver a vida em vez de suportá-la! Ele foi a pessoa que me fez perceber que viver é uma arte e tal como em todas as artes, nem todos a alcançam…
3 Comentários:
Há pessoas que possuem valores que de tão invulgares se tornam colossais, inimagináveis, incompreensíveis. A música é a mais bela das artes, mas tal como todas, quando não é entendida torna-se excêntrica, irreal. É capaz de envolver o artista e de se tornar a sua razão de vida. Tem todos os aspectos e mais alguns para dar sentido à existência de alguém. Pode não dar dinheiro, mas dá tranquilidade, preenchimento e tal como muito bem dizes, felicidade.
É verdade, conheceste a liberdade em pessoa.
Estas tuas palavras demonstram-nos o quão feliz pode ser o ser humano ligada apenas à "materialidade" de uma simples guitarra...
Fantástico... Nada mais há para dizer.
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